Meus sonhos verdes

Arrisco-me a escrever aqui tudo que penso,sinto,creio e quero.

Tudo que sou eu.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Dançando a vida eu vou seguindo.
Sigo por ai, perdido aqui,me encontrando em qualquer lugar.
Mais uma noite, mais um motivo pra você não esquecer
que sou bem mais que mero enfeite na sua sala de estar.
Levanta e faz pose, vamos dançar a mesma canção enquanto o tempo não resolve mudar.
Encosta teu corpo no meu, levante e faça a noite clarear.
Joga pro lado esses lençóis e deixa ser como bem quer.
Canta comigo aquela música que ouvimos juntos tantas vezes.
Vamos aproveitar as luzes apagadas da cidade enquanto o tempo não muda tudo de lugar.

Marcos Felipe.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Reflexo da alma

Em que espelho perdi mesmo minha face?
vivo procurando reflexos de minha alma
procuro por diferentes olhos e olhares
um eu perdido por algum lugar.

Que o silêncio possa se estender por todo o percurso da madrugada.
Passo os olhos no espelho procurando qualquer palavra que possa me explicar absolutamente
o significado do não-amor...
que me revele o amargo, o ausente e afogue essa urgência narcisista que alcança cada pensamento meu.
Passo os olhos no espelho atrás de qualquer imagem que possa me revelar a sonata em ré maior presa aqui
em qualquer lugar.
Mas não encontro.
Mas não são nada.
Só reflexos.

Mais um verão que chega e vai embora.
Mais algumas voltas no relógio da vida
e tudo que eu vejo é o meu semblante
sempre fantasiado de cinza.
Diga-me, o que devo fazer pra voltar a ver o que outrora era festa?
Hoje o silêncio é soberano.
Talvez nem ele, de certa forma, aqui se encontra.
Diga-me, o que devo sentir pra ocupar o lugar que jamais pensei deixar sozinho?

Diga-me o que devo fazer para ocupar esse espaço vazio.
Preenchido de um pedaço de céu claro e algumas poucas folhas de papel -cheias de nada também-
Diga-me o que devo sentir pra ocupar o lugar que jamais pensei deixar sozinho.
Passo os olhos no espelho e é quando me olho nele, que o vazio se torna cheio,o silêncio se amarfanha dentro de cada entranha
e me suga o pouco do sentir que ainda me resta.
Já não me resta.


Daniela de Abreu e Marcos Felipe.